sábado, 24 de abril de 2010

Angra dos Reis




Projeto prevê a volta do Trem da Mata Atlântica


Passeio turístico de trem pode voltar a ser atração na Costa Verde; projeto da Turistico Angra está sendo finalizado.

divulgaçãoVisual: Trem passa por trechos intocados de Mata Atlântica, com paradas para banhos de cachoeiraAngra dos ReisO trem que até 1996 funcionou turisticamente percorrendo trechos da Mata Atlântica, de Angra dos Reis a Lídice - distrito de Rio Claro - deve voltar a funcionar no início do próximo ano, como pretende a Fundação de Turismo de Angra dos Reis (Turisangra).A TurisAngra está elaborando o projeto que visa reativar o passeio turístico de trem entre os municípios da Costa Verde, paralisado desde que fortes chuvas danificaram a linha. Segundo o presidente da TurisAngra, Manoel Francisco de Oliveira, o objetivo é que o projeto seja desenvolvido em parceira com a prefeitura de Angra dos Reis, através da TurisAngra, FCA (Ferrovia Centro Atlântica - empresa que opera a ferrovia na região), Ministério do Turismo e Governo Federal.“O projeto está sendo finalizado. A idéia é que em parceira com a Embratur, a FCA e o governo federal, possamos recuperar o programa”, disse.Segundo Oliveira, há cerca de um ano e meio a Agência Nacional de Transportes criou uma normativa especial para trens turísticos, o que possibilita a reativação do programa. “Com isso, começamos o entendimento com a FCA para restabelecer o projeto que está em fase final”, afirmou Oliveira. Segundo o presidente da entidade o projeto voltaria nomeado como Trem Turístico Cultural da Mata Atlântica. A reativação total do programa está orçada em torno de R$1,200 mil, já que será necessário recuperar também os carros de passageiros, além de uma locomotiva que deverá ficar a cargo da FCA.ACIDENTE - “O trem parou porque houve um acidente com as chuvas em março de 96, em que a ferrovia ficou interrompida. Houve também a privatização da FCA e quando quisemos reativar a ferrovia, não havia contrato para transportar passageiros, só carga. O trem ficou aqui quase dois anos, mas não houve possibilidades de reverter o processo antes”, lembrou. Já com a reativação o objetivo é “fazer a recuperação da memória do trem e do próprio passeio turístico ecológico”, como afirmou Oliveira. A estimativa é que até julho deste ano seja fechado o processo que visa reativar o trem. “É um cronograma fácil para que esse trem possa voltar a funcionar e estimamos que isso aconteça no verão, no início de 2006”, destacou. Segundo Oliveira, os contatos sobre o projeto já foram feitos junto à Embratur, além do programa também já ter apoio do deputado estadual Carlos Santana (PT).RESGATE - O trem da Mata Atlântica fazia parte do programa denominado “Um passeio de trem no coração da Mata Atlântica”, que iniciou em 1992, ano da Eco 92. As atrações era o visual dos 46 quilômetros de subida da Serra, que começava do pátio da ferrovia em Angra dos Reis até a estação do Alto da Serra, em Lídice. “No trajeto os turistas se deslumbravam com as belezas naturais”, como afirmou Oliveira. Conhecedor do percurso, Oliveira disse que no roteiro o trem passava por 15 túneis, pontes construídas em pedras, cachoeiras e partes intactas da Mata Atlântica. “Eram 660 metros de altura, de onde se podia deslumbrar a Baía da Ribeira. Quando o tempo nublava e o trem passava tínhamos a sensação de passear entre as nuvens”, detalhou Oliveira.Segundo Oliveira, nesse período o trem chegou a transportar 154 mil passageiros, com passeio que saía de Angra às 10horas e retornava às 16h30min, aos sábados, domingos e feriados. O trem turístico transportava até 200 passageiros por viagem, e ainda havia um restaurante a bordo. Segundo Oliveira, em valores atuais, as passagens custavam R$80,00 por pessoa. A viagem contava ainda com guias especializados que durante o percurso contavam as estórias sobre os trilhos e a ecologia.“A característica principal era que, como é uma região de montanha e o trem era virado lá em cima, quem subia sentado do lado direito voltava do lado esquerdo. Assim os passageiros sempre viam as atrações dos dois lados da estrada, como as cachoeiras”, lembrou. Segundo Oliveira o trajeto turístico já foi matéria de vários jornais, inclusive internacionais, como foi publicado pela revista americana “Times”, como um dos roteiros turísticos mais interessantes no Brasil. “Chegamos a sair na contra capa da revista Times. Na Eco 92, tivemos inclusive que colocar muitos trens em horários extras para atender a demanda de turistas estrangeiros. Chegamos a trafegar durante 27 dias no mês”, contou Oliveira, ressaltando ainda que o trem empregava diretamente 47 pessoas.


































" Angra dos Reis é um município do litoral do estado do Rio de Janeiro, distante aproximadamente 160 quilômetros da capital.Com mais de 300 ilhas e 2.000 praias, Angra é considerada um dos recantos mais bonitos do Brasil e um importante pólo turístico nacional.Como se já não fosse bastante, a cidade abriga um rico acervo."


















domingo, 11 de abril de 2010

Visita técnica no Hotel Fazenda Ribeirão Barra do Piraí - Rj



























































































































































OPORTUNIDADE DE EMPREGO

Para quem quer ingressar em um cruzeiro há oportunidade no site http://www.infinitybrazil.com.br/index.cfm
Navegando na internet encontrei esse site.´

Os interessados em trabalhar em cruzeiros devem aproveitar a oportunidade da Sun & Sea.
A companhia está buscando 1.400 novos funcionários para trabalhar em seus cruzeiros.
Mas quem estiver interessado deve ficar atento, pois a empresa estará visitando em datas específicas diversas cidades para realizar as entrevistas.

As inscrições devem ser feitas através do site http://www.trabalhoabordo.com.br/
É uma excelente oportunidade de trabalho, aprendizado e conhecer novas pessoas.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Museu virtual

É isso mesmo 12 museus brasileiros de 4 estados diferentes poderão , ser visitados pela internet de forma GRATUITA e em condições de alta performance tecnológica. clique no endereço ou copie e cole no seu navegador http://www.eravirtual.org/pt/

domingo, 4 de abril de 2010

Agentes de viagem e guia de turismo

Tabela de Ocupações
Nº da CBO: 5-91.15
Título: Agente de viagem


Descrição resumida: Exerce o agenciamento de viagens marítimas, terrestres ou aéreas em uma empresa específica, expondo planos, emitindo bilhetes, providenciando passaportes, reservas de hotéis e financiamentos e preparando roteiros e escalas, para fomentar o turismo e facilitar o translado de pessoas de negócios:
Descrição detalhada: expõe aos clientes os planos de viagens existentes, as excursões e demais serviços da agência turística, informando-lhes os preços, formas de pagamento, meios de locomoção e datas previstas, de acordo com o objetivo da viagem, para orientá-los na escolha do tipo adequado a suas pretensões; providencia aquisição de passagens marítimas, aéreas ou terrestres, articulando-se com as respectivas companhias sobre a reserva das mesmas, para possibilitar o transporte dos clientes; reserva alojamento para os clientes, fazendo os contatos necessários à obtenção das vagas, com os hotéis e seus representantes e entregando a cada cliente o comprovante a ser apresentado no momento da hospedagem, para garantir-lhe acomodações durante a permanência na localidade a ser visitada; providencia passaportes para os clientes, remetendo sua documentação à polícia marítima, para possibilitar as medidas legais relativas à saída do País e à viagem para outro; trata do financiamento de viagens nacionais ou internacionais, contatando com um banco que efetivará as tramitações legais, para tornar possível o pagamento parcelado das passagens; vende passagens em contas correntes com firmas, atendendo a convênio existente entre estas e sua agência, para possibilitar a locomoção dos seus funcionários em viagens de serviço; organiza roteiros de excursões, selecionando cidades, hotéis e meios de transporte, para proporcionar viagens de maior interesse turístico e/ou atender às preferências dos clientes.

Nº da CBO: 5-91.20
Título: Guia de turismo (excursão nacional)


Descrição resumida: Acompanha grupos de turistas em visitas, excursões e viagens, no Brasil ou na América do Sul, seguindo um itinerário previamente estabelecido, apontando locais de interesse e tomando providências referentes a acomodações e outros serviços, para proporcionar conforto ao grupo e tornar a viagem agradável e proveitosa:
Descrição detalhada: dá assistência aos turistas no tocante à aquisição de vistos, passaportes, atestados de saúde e outros documentos, encaminhando-os aos serviços ou repartições competentes, para possibilitar o preenchimento das exigências legais em tempo hábil; providencia as refeições e acomodações durante a viagem, conta- tando hotéis e escolhendo restaurantes ou locais semelhantes, para assegurar o bem-estar dos viajantes; pede a atenção dos turistas durante o itinerário, para os locais de interesse, dando-lhes explicações sobre fatos históricos a eles relacionados ou fazendo outros comentários pertinentes, para tornar a viagem útil tanto no sentido recreativo, como cultural; orienta os turistas na programação de visitas individuais, indicando-lhes os locais agradáveis mais próximos, para atender aos interesses e preferências de cada participante; assiste os turistas no manuseio de bagagens, envio de telegramas, aquisição de serviços de intérprete, aquisição de regulamentos e tarifas alfandegárias e outros serviços, providenciando esses serviços ou executando-os pessoalmente, para desobrigá-los desses encargos. Pode cobrar e/ou recolher os bilhetes da excursão.

Nº da CBO: 5-91.25
Título: Guia de turismo (excursão internacional)


Descrição resumida: Acompanha grupos de turistas em visitas, excursões e viagens internacionais, seguindo um itinerário previamente estabelecido, apontando locais de interesse e tomando providências referentes a acomodações e outros serviços, para proporcionar conforto ao grupo e tornar a viagem agradável e proveitosa:
Descrição detalhada: desempenha tarefas semelhantes às que realiza o guia de turismo nacional (5-91.20), porém as desenvolve em países estrangeiros, com exceção da América do Sul.

Nº da CBO: 5-91.30
Título: Guia de turismo (regional)


Descrição resumida: Acompanha grupos de turistas ou visitantes no itinerário pela cidade ou em visitas a lugares de interesse histórico ou geral, fornecendo-lhes breves explicações durante o trajeto e dando-lhes a assistência requerida, para tornar interessante e proveitoso o roteiro turístico:
Descrição detalhada: indica aos turistas os lugares e obras de maior interesse, como monumentos, edifícios, pontes, museus e galerias de arte, mencionando seus nomes, localização e outros dados, para cientificá-los dos pontos incluídos no roteiro; faz breves comentários durante a permanência dos turistas nos locais escolhidos, indicando datas e fatos históricos e dando outras informações pertinentes, para proporcionar aos visitantes o conhecimento da história e do desenvolvimento artístico-social do local visitado; indica aos turistas os locais para refeições ou descanso, obedecendo às solicitações recebidas, para proporcionar-lhes conforto e bem-estar. Pode acompanhar grupos de pessoas em visita a locais, como museus ou galerias de arte, fazendo comentários sobre os objetos ou quadros ali expostos. Pode servir como guia de turistas estrangeiros, expressando-se em mais de um idioma, além do nacional.

Nº da CBO: 5-91.35
Título: Guia de turismo (especializado em atrativo turístico)


Descrição resumida: Acompanha grupos de turistas ou visitantes a determinado tipo de atrativo natural ou cultural de interesse turístico, transmitindo-lhes informações específicas, para responder a perguntas formuladas e esclarecer dúvidas existentes:
Descrição detalhada: desempenha tarefas semelhantes às que realiza o guia de turismo regional (5-91.30),porém é especializado em transmitir informações técnico-especializadas sobre atrativo natural ou cultural de interesse turístico.

Nº da CBO: 5-91.90
Título: Outros agentes de viagem e guias de turismo


Descrição resumida: Incluem-se aqui os agentes de viagem e guias de turismo não-classificados nas anteriores epígrafes deste grupo de base, por exemplo, os que organizam ou dirigem excursões de alpinismo, caça e pesca e os que guiam grupos de visitantes em estabelecimentos industriais, como estaleiros, refinarias de petróleo, usinas hidrelétricas e outras, explicando-lhes os aspectos gerais mais interessantes.

extraído do site do ministério do trabalho e emprego

visita Técnica no Centro Marista - Mendes RJ























































































Centro Marista São José das Paineiras, um parque ecológico vasto situado numa bela paisagem de montanhas com natureza exuberante, perto da cidade de Mendes-RJ, a 100 km da cidade do Rio de Janeiro.




















































Guia de turismo


O trabalho de um guia turístico é apenas viajar pelo mundo afora? O que ele precisa saber para exercer essa atividade? Será que há somente diversão ou tem tarefas chatas também? Quem responde é o turismólogo David Carolla, que há anos trabalha nessa área



Como um guia turístico encontra trabalho? Ele precisa, necessariamente, trabalhar em uma empresa?
Primeiramente, é preciso corrigir a nomenclatura. O termo correto para designar a profissão de condutor de grupo é guia de turismo. Guia turístico é, tecnicamente, a produção literária sobre destinos e informações de viagem.
Um guia de turismo trabalha para diversas agências e operadoras de viagens como autônomo (free-lancer). Por isso, dificilmente presta serviços exclusivamente para uma empresa, mesmo que nela haja uma frequência maior de trabalho. Como qualquer profissional free-lancer, sua fama está relacionada a sua competência: quanto melhor for um guia de turismo, mais indicações para trabalhos ele terá. O profissional dessa área pode também elaborar um site ou enviar currículos. Mas, geralmente, as empresas dão preferência às indicações, pois este é um serviço que precisa agradar muito o cliente, e é comum que as agências não se arrisquem contratando um desconhecido.
Além disso, é necessário frequentar os eventos da área, conhecer gente, estar sempre à disposição e, assim, ir ganhando credibilidade no mercado para ser contratado para uma viagem.

Um guia de turismo pode trabalhar como autônomo? Essa forma de trabalhar é melhor?
Sim, na maioria das vezes, ele é autônomo e presta serviço para diversas empresas, viajando para muitos destinos. Ser autônomo tem suas vantagens e desvantagens. Um dos pontos fortes é poder diversificar sua área de atuação: prestar serviço para agências e operadoras de ecoturismo, turismo cultural, turismo educacional, viagens convencionais, viagens de incentivo, etc. Dessa forma, cria mais contatos e ganha uma experiência maior com diversos públicos.
O ponto fraco de ser autônomo é a falta de estabilidade. O salário não é garantido no final do mês. Um guia de turismo ganha se trabalhar. Se não viajar, não ganha. O profissional não tem os benefícios do registro em carteira, como 13.º salário e seguro-desemprego, por exemplo. Precisa, portanto, estar disponível boa parte do tempo para atender a uma empresa.


Quando o trabalho de um guia é solicitado, o que ele precisa fazer? Como deve se preparar?
Primeiramente, ele precisa entrar em contato com a empresa que solicita o trabalho e investigar o perfil do público para quem vai trabalhar: quem são essas pessoas, de onde vêm, para onde vão, por que estão viajando, qual é sua condição socioeconômica, sua escolaridade, seus interesses, sua religião, sua idade, etc. Precisa saber quem é seu cliente para oferecer-lhe um serviço personalizado, focado. Ainda junto às agências de viagem, ele precisa preparar seu material de trabalho, a pasta do guia, que contém todos os documentos e as informações das viagens, hotéis, passagens aéreas do grupo, reservas de restaurantes, parques, passeios, seguros. Precisa ainda pesquisar sobre o destino: história do local, geografia, cultura, gastronomia, rodovias de acesso e clima, para ser capaz de oferecer tais informações ao grupo.
É necessário também trabalhar a gestão da segurança de sua viagem: na cidade para a qual ele está levando o grupo, quais são e onde estão os hospitais, os postos de saúde, o bombeiro e a polícia.
Se nunca esteve no lugar antes, pode conversar com outros guias de turismo que já trabalharam com o destino e pedir-lhes algumas dicas.


Quais são as habilidades que um guia de turismo precisa ter?
O primeiro requisito é gostar de cuidar das pessoas, ou seja, atender bem seu passageiro, saber se ele está sendo bem servido, bem acolhido, bem tratado. Para isso, é preciso paciência, tolerância, persistência, conhecimento sobre as diversas culturas, muita ética para lidar com questões delicadas de seus turistas, principalmente as de cunho pessoal, com que ele deve evitar se envolver. Um guia de turismo está sempre viajando, mas sempre a trabalho.
Tem, também, de ser bem organizado para colocar um roteiro em ordem e cumprir a programação da viagem com pontualidade.
Outro item fundamental é a comunicação. Um guia de turismo deve não apenas saber se comunicar, mas também saber contar bem uma história e tornar um assunto interessante para que seu grupo queira ouvir o que ele tem a dizer. Além disso, ele precisa ter desenvoltura para falar em público, inclusive usando a linguagem corporal.


É obrigatório falar outros idiomas?
No Brasil, não há nenhuma obrigatoriedade quanto a isso. Em certos países, para se formar como guia de turismo, outro idioma é obrigatório.
Contudo, um profissional dessa área que fala mais de um idioma (além do português, corretamente) tem grande vantagem competitiva no mercado. Quanto mais incomum o idioma que ele domina, mais exclusivo será seu trabalho. Existem muitos guias de turismo que falam inglês e espanhol. Mas poucos que falam francês, russo, árabe, chinês, hebraico, italiano — com fluência suficiente para se comunicar bem com seus passageiros.
São poucos também os guias de turismo que utilizam a Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), ainda que o aprendizado dessa linguagem não seja difícil. Deficientes auditivos e visuais também viajam, e bastante. Portanto, também precisam de um guia de turismo que saiba se comunicar com eles.


Como é a experiência de conduzir turistas estrangeiros?
O trabalho com o turista estrangeiro requer um serviço diferenciado (nem melhor nem pior, apenas diferente). Ele tem características culturais e necessidades distintas de um viajante brasileiro, que está conhecendo o próprio país. Para um brasileiro, a língua, a comida, a cultura, apesar de diferente de um local para o outro, não causa um choque tão grande quanto para um estrangeiro.
Este já vem para o Brasil com uma série de expectativas e preconceitos sobre como imagina nosso país. Cabe ao guia de turismo, que atua como os olhos do turista, direcionar seu olhar para aquilo que nosso país pode oferecer de melhor para suas férias.
O turismo fora do Brasil, principalmente na Europa, é muito desenvolvido, e é difícil agradar o estrangeiro com a qualidade dos serviços turísticos que nós temos. É preciso parar de achar que ser brasileiro, simpático e hospitaleiro basta. Nossos serviços turísticos, em geral, têm pouca segurança, pouca higiene, pouca acessibilidade, o que pode colocar em dúvida nosso profissionalismo. Não digo que devemos copiar os modelos estrangeiros, mas desenvolver nossos produtos aplicando o conceito de qualidade.


Que tipo de dificuldade um guia de turismo encontra no trabalho?
Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, um guia de turismo (com seu grupo) encontra as mesmas dificuldades que um morador da capital: trânsito para ir de um local ao outro (e o turista tem horários e um programa a ser cumprido), segurança, infraestrutura. São problemas que, quando forem solucionados para o morador local, beneficiarão também o guia de turismo e seu grupo. Quando um local é bom para seus moradores, é bom também para seus visitantes.
Temos, no Brasil, um grande problema quanto à profissionalização do turismo. Muitos trabalham com ele, mas poucos são profissionais. Isso acontece em agências de viagem, hotéis, restaurantes, museus e até mesmo na condução de grupos. Muitas pessoas que não estudaram e não se formaram para trabalhar com turismo, estão atuando na área, oferecendo serviços de péssima qualidade e com grandes riscos ao turista.
A profissão de guia de turismo é a única no setor que é reconhecida por lei e regulamentada; portanto, alguém que não se formou e não está cadastrado no Ministério do Turismo para trabalhar na área, está cometendo dois crimes: exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.
Com que frequência um guia de turismo viaja a trabalho?
Um guia de turismo está o tempo todo em trânsito: seu escritório é o ônibus e sua casa é a mochila. Na alta temporada (férias e feriados), seu trabalho é muito requisitado e, eventualmente, ele pode emendar uma viagem na outra: chegou hoje com um grupo e amanhã está saindo com outro. Isso exige do profissional uma grande aptidão física e psicológica para o trabalho.
Além das viagens, ele pode também realizar trabalhos em sua própria cidade, recebendo pessoas de fora e realizando city tour, visitas a centros históricos, espaços de lazer, museus, entre outros.
Na baixa temporada, a frequência de viagens diminui, mas sempre há trabalho, pois sempre há alguém viajando!


De todos os lugares onde já esteve, de qual você gostou mais?
Existem diversos lugares em que, mesmo viajando a trabalho como guia de turismo, é possível aproveitar e apreciar.
São muitos, portanto é injusto citar um só.
No Brasil, sou apaixonado por Paraty, pela simpatia e pela beleza do centro histórico, um dos mais preservados do país. Possui belas paisagens, ótima gastronomia e excelentes serviços turísticos.
Fico encantado com as belezas da Bahia, em especial a Chapada Diamantina, com suas cachoeiras, grutas e trilhas de tirar o fôlego.
Uma experiência internacional inesquecível foi Roma. A cidade tem preservado a história da humanidade há centenas de anos e está tudo ali, em pé, para quem quiser ver. Preservado, limpo, seguro e com serviços turísticos de ótima qualidade.
Mas se algum local tiver de ocupar o primeiro lugar da lista, sem dúvida, é São Paulo. Não há nada como minha cidade: poucos a conhecem e poucos se dão ao trabalho de conhecê-la. Muitas vezes o morador da cidade não se interessa por sua própria história, não frequenta as dezenas de museus que temos, os parques (que não se restringem apenas ao Ibirapuera), os locais para compras, a arquitetura dos prédios novos e antigos, as diversas culturas que aqui se instalaram, enriquecendo nossa gastronomia. A cidade oferece opções de lazer e cultura todos os dias, em todos os horários, para todos os públicos. Isso me fascina.


O que você acha mais legal em sua profissão?
Gosto muito da quebra da rotina. Cada dia estou em um local diferente e com pessoas diferentes. Um turista aprende muito com seu guia de turismo, mas nós também aprendemos muito com cada passageiro que viaja conosco. A troca com outras pessoas é uma experiência riquíssima.
É muito satisfatório saber que, no momento livre de alguém, você pode lhe proporcionar lazer, descontração e educação, além de lhe oferecer a possibilidade de conhecer novos lugares, acompanhá-los nessa descoberta e contribuir para que estes sejam momentos inesquecíveis.




retirado do site educacional.com.br - entrevistado David Carolla